
“Amor, não sei de coisa mais violenta
Do que ficar de noite, à tua espera
É triste como uma manhã cinzenta
Destruindo o coração da primavera
E aqui, como um pássaro deitado
Julgando ouvir na chuva a tua voz
A madrugada deita-se a meu lado
Fingindo que na cama estamos nós
Mas, eu sinto chegar esta amargura
Que vem fechar-me os olhos e depois
Já nem sei se é um sonho ou se é loucura
O quarto onde estou só, ficamos dois
E nada mais importa, já não espero
Aquela que enche a noite de alegria
Então, para dizer quanto te quero
Eu faço amor contigo até ser dia.”
(Joaquim Pessoa)
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